Principais sintomas e causas da rinite alérgica
Ocorrendo com mais frequência entre os 20 e 40 anos de vida, a rinite alérgica apresenta sintomas que afetam significativamente a rotina diária, interferindo no trabalho, no desempenho escolar e na qualidade do sono. Dentre todos os sintomas, o mais incômodo é a obstrução nasal, embora outras manifestações também sejam desagradáveis, como espirros em salva, coriza, vermelhidão ocular, lacrimejamento, prurido na garganta dentre outros.
Já quando falamos das causas, estamos nos referindo à exposição de fatores que dão origem a esse tipo de reação inflamatória, como é o caso dos ácaros, insetos, fungos, pólens e animais de estimação (cães e gatos). Como consequência da inflamação da mucosa, os sintomas nasais podem persistir por horas e, com isso, ela se torna mais sensível a outros estímulos, como odores fortes e outros irritantes. Além disso, é muito comum as pessoas que apresentam rinite alérgica também tenham quadro de asma e outras doenças alérgicas, como alergia na pele (dermatite atópica).
Toda rinite é igual?
Saiba como cuidar e amenizar seus sintomas.
Existem dois tipos: rinite alérgica e rinite não alérgica.
A rinite alérgica é o tipo mais comum de inflamação da mucosa do nariz, havendo estimativas de que ocorra em 43% das pessoas adultas. A alergia acontece porque nossas células de defesa reagem de uma forma desordenada e exacerbada ao alérgeno (como o pólen ou as fezes de ácaros da poeira doméstica), o que causa a inflamação da mucosa e os sintomas típicos.
Dentre os fatores que causam este quadro alérgico, encontram-se: ácaro domiciliar, pólen, animais de estimação ou outros produtos químicos.
Já quando falamos sobre a rinite não alérgica, existem outras possíveis origens além da alergia, sendo que a prevalência para as causas não alérgicas na população adulta é de 23%.
Dentre os fatores que podem causar rinite por si só, ou também piorar os sintomas em quem já tiver rinite alérgica, encontram-se: rinite infecciosa; rinite vasomotora; rinite química; rinite da gravidez e rinite induzida por hormônios, como durante a puberdade ou secundária ao hipertireoidismo; rinite induzida por medicamentos; rinite devido a outros problemas de saúde, como doenças autoimunes ou granulomatosas; fatores alimentares e rinite idiopática.
Como evitar crises de rinite?
Em suma, uma das principais medidas para evitar a crise, é o controle do ambiente. Com especial atenção na redução dos ácaros, baratas, umidade e alérgenos de animais.
Atente-se ao quarto do paciente (se está bem ventilado, ensolarado, limpo e livre de itens que possam acumular poeiras e ácaros) e evite tapetes, carpetes, cortinas e almofadas. Fique atento quanto ao mofo e umidade, verificando periodicamente as áreas úmidas de sua casa, como banheiro (cortinas plásticas do chuveiro, embaixo das pias etc.).
Para a limpeza da casa, evite o uso de vassouras, espanadores e aspiradores de pó comuns. Passe pano úmido diariamente ou use aspiradores de pó com filtros especiais 2 vezes por semana e mantenha o ambiente sempre arejado.
Tente manter o animal de estimação em um cômodo da casa. Caso for impossível restringir o acesso a uma única área da moradia, utilize purificadores de ar com filtro de alta eficiência no quarto do paciente. Procure exterminar baratas e roedores, mas evite o uso de inseticidas e produtos de limpeza com forte odor.
Hábitos do dia a dia também fazem a diferença. Evite o uso de talcos, perfumes, desodorantes, principalmente na forma de sprays. E não fume dentro da casa nem no interior do automóvel.
Já com as medidas farmacológicas, é importante limpar regularmente os orifícios nasais com solução de água salgada ou solução fisiológica, ajudando a manter o nariz livre de irritantes. Os medicamentos não curam a alergia, mas podem tratar os sintomas, sendo os mais utilizados: anti-histamínicos, descongestionantes, corticoides e imunoterapia.
Bibliografia Texto ”Principais sintomas e causas da rinite alérgica”:
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